NOTA DE PESAR

25/05/2020 17:43

18.07.2018 *Fotografia Ivan Pigozzo

TRIBUTO AO SR. EDU PRIPRÁ

Com profundo pesar nós, da equipe Ação Saberes Indígenas na Escola (ASIE/UFSC) e da equipe do Curso Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica (LII/UFSC), manifestamos, comovidos e entristecidos, nossos sentimentos em memória do Sr. Edu Priprá.

O ancião do povo Laklãnõ-Xokleng faleceu dia 19/05/2020, aos 72 anos de idade, na Terra Indígena Laklãnõ, Alto Vale do Itajaí.

O Sr. Edu Priprá carregava consigo a história vívida de seu povo, orgulhando-se dela, sempre pronto a emanar experiências e sapiência a quem o visitava, a quem buscava seus conhecimentos e reflexões.

Fonte de inspiração, espraiava generosidade ao externar suas memórias e efetivar seus dons.

Participou ativamente da Ação Saberes Indígenas na Escola/UFSC desde seu início, em 2015, enriquecendo-a e qualificando-a incansável, vigorosa e permanentemente.

Se fez presente na Licenciatura Indígena/UFSC, sendo fonte de saberes a diversas pesquisas de formados em 2015 e formandos em 2020.

O Sr. Edu Priprá – pai do acadêmico Alfredo e sogro da acadêmica Maurina – significou motivação para as suas pesquisas e trajetórias, bem como as de outros acadêmicos. Foi também uma figura essencial na resistência para a formação da aldeia Plipatol.

À família do honroso Sr. Edu Priprá nossas equipes prestam suas condolências, sua solidariedade, seus agradecimentos, sua homenagem.

Maio de 2020.

Frente pede doações para povos indígenas da região Sul do Brasil

30/03/2020 10:13

A Frente Indígena e Indigenista de Prevenção e Combate do Coronavírus em Terras Indígenas da Região Sul do Brasil divulgou um documento para buscar subsídios para garantir a qualidade de vida das famílias indígenas, durante o período de isolamento social. O documento apresenta necessidades e formas de ajudar aos povos indígenas Guarani, Kaingang, Laklãnõ/Xokleng, Xetá e Charrua.

“As populações indígenas da região sul estão concentradas em pequenos territórios ou em acampamentos à margem de rodovias, sendo que a maioria se localizam próximos às áreas urbanas, fato que favorece a possibilidade de contágio pelo coronavírus. Essa é uma preocupação pertinente, pois as Terras Indígenas seriam ambientes propícios a uma rápida disseminação do vírus, em virtude das famílias indígenas possuírem um modo próprio de organização social, que conta com muitos membros, entre eles idosos e crianças convivendo em uma mesma residência e mantendo constante diálogo e contato entre as famílias”.

A comercialização de artesanato, atividade econômica importante para a subsistência das comunidades indígenas e acampamentos, está comprometida atualmente com a falta de circulação de pessoas. “Sem a venda do artesanato não há renda, o que compromete a segurança alimentar, pois sem recursos não há como adquirir alimentos”.

Pede-se doações de itens básicos de alimentação e de higiene para as famílias indígenas.

Doações

Em dinheiro: campanha “Doa-lá”

Cestas básicas ou alimentos não perecíveis, materiais de higiene e limpeza:
Pontos de coleta nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, nos polos base da SESAI, CRS, CTLS da FUNAI e outros. Os produtos doados serão higienizados pela SESAI antes de seguirem para as comunidades.

Endereços em Santa Catarina:

SESAI
São José – Rua Cap. Pedro Leite, 530 – Barreiros, São José/ SC – (48) 3049-8521
Araquari – (47) 3447-1443
Chapecó – Rua Curitiba, 465 D, Santa Maria. Chapecó/SC. – (49) 3323-3022
Ipuaçu – Rua Pagnocelli, 358, Centro. Ipuaçu/SC. – (49) 3449-0552

FUNAI
São José – Rua Joaquim Vaz, 1322 – Campinas. São José/SC – (48) 3244-0469
Chapecó – Rua Mal. Mascarenhas de Moraes, Parque das Palmeiras. Chapecó/SC. – (49) 3322-0024.
José Boiteux – Rua Primeiro de Maio, 51 – Centro. José Boiteux/SC. – (47) 3352-7352

Outro local de apoio
Rua Mar do Leste 45. Rio Tavares. Florianópolis/SC. falar com Iris Bessa. (48) 9 9833-6763

Leia o documento na íntegra aqui.

I Encontro: ASIE – Núcleo SC e ASIE – Núcleo RJ

06/12/2018 22:22

Dia 05/12 foi realizado o I Encontro entre Equipes da ASIE – Núcleo SC e ASIE – Núcleo RJ para e troca de experiências e materiais didáticos.  Além disso, a Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica promoveu a mesa de debate “Circulando Saberes Indígenas” aberta aos alunos do curso e público em geral.

VI Grande Encontro Kaingang

22/11/2018 23:17

 Programação 29/11

08h00 – Café da Manhã
09h00 – Abertura
10h30 – Lanche
11h00 – Palestra – A Retomada do Toldo Imbu

12h30 – Intervalo/Almoço

14h00- Apresentação e Exposição dos Trabalhos por escolas
16h30 – Lanche
17h00 – Trilha Cachoeira
19h00 – Jantar

 Programação 30/11

08h00 – Café da Manhã
09h00 – Abertura com Fala dos Anciões
10h30 – Lanche
11h00 – Apresentação de Danças – TI Vila Nova, TI Toldo Imbu e TI Xapecó

12h30 – Intervalo/Almoço

14h30- Reflexões Conjuntas sobre a ASIE
16h30 – Lanche
17h00 – Encerramento

Nota da Ação Saberes Indígenas na Escola – Núcleo Santa Catarina

01/11/2018 09:36

Dirigimo-nos às professoras e professores indígenas e não indígenas das escolas Guarani, Kaingang e Laklãnõ-Xokleng neste Estado de Santa Catarina, às sábias e sábios, a todas as pessoas pertencentes às comunidades escolares – nossos parceiros do projeto Ação Saberes Indígenas na Escola – e à sociedade em geral.

Queremos manifestar nossa profunda preocupação e, ao mesmo tempo, acentuar novamente nosso comprometimento quanto aos direitos indígenas diante do resultado eleitoral para a Presidência da República em 28 de outubro, sendo que sabidamente a proposta vencedora afronta a DEMOCRACIA e, nesse inquietante cenário, ultraja os direitos territoriais constitucionais às terras e territórios indígenas.

A Ação Saberes Indígenas na Escola em Santa Catarina tem como eixo norteador a temática Territórios de Ocupação Tradicional em Santa Catarina: Passado e Presente desde seu primeiro Plano de Trabalho, de fevereiro de 2014. Tem, portanto, comprometimento com os direitos territoriais dos povos indígenas, direitos que necessitam de avanço e jamais de retrocesso.

Como é sabido, a TERRA não pertence aos povos indígenas. Eles pertencem à TERRA. E cabe lembrar: as terras indígenas no Brasil são da União, destinadas ao usufruto exclusivo das populações indígenas.

Manifestamos a intrínseca e vigorosa defesa da Constituição Federal, do Bioma Mata Atlântica e demais cinco biomas, da questão ambiental, da pluralidade de cosmovisões, saberes e organizações sociopolíticas, de educação tradicional, escolar e superior indígena, saúde indígena, sustentabilidade indígena.

Acentuamos a centralidade da resistência embasada justamente em direitos duramente conquistados em 518 anos de Brasil. Trabalhamos por um país embasado em justiça e dignidade, no qual vigore a tranquilidade e não o temor.

Nossa caminhada precisa continuar.

Equipe ASIE – SC

31 de outubro de 2018.